Belo Horizonte para Brasileiros

A capital mineira, pelos olhos do gringo que ela conquistou.

Olha, isso aqui tá muito bom
Isso aqui tá bom demais
Olha, quem tá fora quer entrar
Mas quem tá dentro não sai
— Dominguinhos (1985), de rolê em BH

Cê já visitou Beagá? Uai, aqui é bom demais e posso comprovar. Mas, primeiro, preciso dedicar esse artigo às várias pessoas que me mostravam tudo de bom nesta cidade: Marcelinho, Maíra, Isadora, Cris, Luís, Ariele, Félix, Carol, Suellen e Rafa.

Para contextualizar, Minas Gerais é um estado com grande importância em todos os sentidos. Ele possui um território maior que toda a região Sul, 21 milhões de habitantes, a maior parte das indústrias brasileiras de laticínios e café, o 3° melhor IDH estadual e o 3° maior PIB (que deverá ultrapassar o Rio de Janeiro, em 2° lugar, nos próximos anos).

Esquerda: Mapa das últimas eleições nos 853 municípios de Minas. | Direita: Visualizando a diversa topografia do estado. Veja o Rio São Francisco de CA pro norte.

Aliás, desde a ditadura militar, todos os presidentes precisavam vencer em Minas Gerais, o que atesta ao peso político do estado. O mapa de relevo, à direita em cima, mostra as várias serras e bacias hidrográficas que atravessam o estado, e onde o café cresce melhor: tudo em vermelho.

Não obstante, o foco desse artigo está na capital mineira, Belo Horizonte, que foi erguido no final do século XIX e, hoje, é sede da terceira maior região metropolitana do País. Então, venha passear comigo pelos destaques da cidade que me conquistou com muito amor, ordem e progresso!

• Voltando para 1895, BH foi a primeira cidade brasileira de ser projetada.

Em cima: Planta geral da cidade de Belo Horizonte, 1895 | Em baixo: O atual centro da cidade, visto de cima.

• A capital é a terceira mais arborizada entre as 27 e possui o 3º melhor índice de desenvolvimento econômico devido ao setor terciário. Ela também possui o 5° melhor IDH (0,810) das capitais brasileiras (atrás de Florianópolis: 0,847 | Vitória: 0,845 | Brasília e Curitiba: 0,824).

• O clima é bastante ameno, com uma temperatura média que varia entre 19° e 25°, e eu, pessoalmente, acho a natureza subestimada ⛰️🏙️⛰️
• Ademais, a legislação municipal proíbe propaganda e “poluição visual” no centro e áreas residenciais, que mantém o pitoresco cenário urbano.

As vistas dentro do “Contorno” (Av. Álvares Cabral, Praça Benjamim Guimarães, Praça da Liberdade à noite, Rua Sapucaí — em baixo)

• BH abriga a maior feira de artesanato nas Américas — A Feira Hippie!

Em cima: O começo da Feira Hippie na Praça da Liberdade nos anos 70. | Em baixo: A Feira já nos anos 90 na Avenida Afonso Pena.

• A comida, além de deliciosa, é um verdadeiro prazer para saborear. Há diversas opções com preços justíssimos para almoço.

Sempre opto por um prato cheio, e meu pai também! E, no final, foi na casa de uma amiga que encontrei a melhor feijoada da minha vida feito no fogão a lenha.

• O povo aqui é mais que acolhedor… várias vezes por mês eu ouço: “Vem tomar um cafézin em casa sô! Uai, como ocê já tá aqui, fique pra jantar!” Por isso, é fácil fazer amizades duradouras e sentir-se em casa pra cá.

• Os rolês simplesmente não têm iguais. Tudo é mais cultural em Beagá (fora as boates de Buritis). Por isso, fiz uma mapa de rolês pra vocês!

A final, as pessoas que vivam aqui são super educadas (só se cuide no transito, tá?) e valorizam muito a educação. Isso me fez escolher a estudar em Beagá: um gringo, que já se formou no Canadá, querendo estudar medicina para trabalhar no SUS e virando mais mineiro cada dia. Uai sô!🔺